Nasceu em Açu-RN, a 21.04.1883, filho de Pedro de Amorim e d.
Maria Francisca de Araújo Amorim. Com a transferência da família, veio residir
em Natal em outros de 1885. Iniciou os estudos com professores particulares,
dentre os quais João Tibúrcio da Cunha Pinheiro (português e francês) e Zózimo
Platão de Oliveira Fernandes (aritmética e álgebra). Cursou humanidades no
Atheneu Norte-rio-grandense. Matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife
(1900), mas teve que interromper os estudos por motivos particulares. Iniciou-o
novamente (1903), ainda em Recife, mas a irrupção da peste bubônica naquela
cidade fê-lo afastar-se um segunda vez, transferindo-se então para a Faculdade
de Direito do Ceará – à época, recém-criada –, onde viria a colar grau em
novembro de 1907. No ano seguinte assumiu o cargo de Promotor Público da
Comarca de Macau, cidade onde fundou e dirigiu o “Almanaque de Macau” e, pouco
depois, em parceira com Aurélio Pinheiro, o jornal literário “O Neófito”.
Em
1910 foi removido para a Comarca de São José de Mipibú, por ato do Governador
Alberto Maranhão, ali vindo a casar-se com Judite Cortez. Associando-se ao Dr.
Francisco de Albuquerque Melo, Juiz de Direito, e aos professores Severino
Bezerra de Melo e José Tavares Guerreiro, fundou o periódico “O Município”, que
circularia por algum tempo. Quatro anos mais tarde, por ato do então Governador
Joaquim Ferreira Chaves, foi removido para a Comarca de Canguaretama, ali
permanecendo até 1918, quando foi nomeado para o cargo de Diretor da Escola de
Aprendizes Artifíces (depois Escola Industrial, ETFERN e, hoje, CEFET), em
Natal. Em 1922 deixa aquele estabelecimento de ensino para se investido no
cargo de Juiz de Direito da Comarca de Paus dos Ferros. Por solicitação, seria
transferido seguidamente para as comarcas de Caicó (1924) e Açu (1925), nesta
última vindo a fundar, em parceria com o irmão Pedro Soares de Araújo Amorim e
o Major Minervino Wanderley, o “Jornal do Sertão”, semanário que circularia de
1927 a 1930. Por designação do STJ-Superior Tribunal de Justiça (1932), passou
a exercer o Juizado de 2a entrância, em Mossoró.
O Interventor Rafael Fernandes
Gurjão o removeu (1941) da 4a vara para a 2a vara, enquanto que o General
Antônio Fernandes Dantas, na sua interventoria, o promoveu (1944) da 2a para a
1a vara. Tornou-se Desembargador em 1949, ocupando no Tribunal de Justiça do
Estado os cargos de vice-Presidente e de Presidente. Aposentou-se em 1953, aos
70 anos de idade. Foi membro do TRE-Tribunal Regional Eleitoral, órgão do qual
foi vice-presidente e de Presidente. Era sócio efetivo do Instituto Histórico e
Geográfico do Rio Grande do Norte. Faleceu em Natal, a 20 de agosto de 1968.
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO
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